sábado, 23 de janeiro de 2010


“Fomos nós que escolhemos socorrer as pessoas,

não foram as pessoas que escolheram

ser socorridas por nós.”
“O dever é uma coisa muito pessoal: decorre da necessidade de se entrar em acção,
e não da necessidade de insistir com os outros para que façam qualquer coisa.”
(Madre Teresa de Calcutá)

“Devo agradecer tudo o que recebi.
Agradeço poder cumprir com o sentido da minha vida,
ter-me entregue a quem me necessitava e ter podido dar-lhes atenção.
Agradeço a oportunidade de poder dar-me.
Só a dar-me é que recebo, e isto não significa que dê para receber.
Pensar que algo “me é devido” é incompatível com a gratidão.”
(Milton Mayer)

Adolescência e Voluntariado


Segundo Bercker, citado por Zago (s/d), a adolescência advém da puberdade que consiste na transição da infância para a vida adulta. A mesma é também influenciada pela cultura predominante que vai ditar se a adolescência tende a ser mais longa e sofrida, devido à sociedade em que o adolescente está inserido, ou se vai ser facilitada levando, o mesmo, ao conformismo do sistema.A adolescência é um período de aquisições, ou seja, das operações formais, da internalização da moralidade, de um novo modo de consciência, bem como de profundas e significativas mudanças, tais como, emocionais, físicas, sociais e culturais.As mudanças físicas repentinas, devido às hormonas, por vezes incomodam o adolescente. Com estas mudanças surgem expectativas próprias, da família e da sociedade, para a inserção num novo espaço social. A procura da independência, o medo de fracassar, os valores aprendidos no seio da família em contraste com o do grupo de pares, a necessidades de adquirir, ou não, os mesmos hábitos para ser aceite no grupo, o desenvolvimento da auto-estima e o despertar para a sexualidade e para a paixão, são conflitos com que o jovem se depara nesta fase da sua vida e que têm que ser ultrapassados para que este se desenvolva de um modo saudável (Zago, s/d).

Segundo Lewis citado por Zago (s/d), com todas estas situações a acontecerem ao mesmo tempo, e com a confusão de papéis com que o adolescente se depara, surge a crise de identidade. Esta surge porque todos os indivíduos necessitam de uma história, de continuidade. Na crise de identidade existe o receio de perder a continuidade da história.

António Costa, presidente da Consultoria Modus Faciendi (Brasil) considera que “O voluntariado, que é uma das formas de protagonismo juvenil, é uma oportunidade educativa que permite às novas gerações se prepararem para o exercício da cidadania. A cidadania não é um conhecimento intelectual. É um exercício, que, como os exercícios físicos, deve ser praticado de forma quotidiana. Praticar voluntariado é vivenciar a alegria de servir, ou seja, de praticar a solidariedade, de ser um cidadão prestante.” (Portal do Voluntariado, 2009)

Ainda segundo Elza Chambel, citando a Declaração de Barcelona, “Quando falamos de crianças e adolescentes são pessoas em processo de formação. Isto faz referência a que nós temos a nossa identidade, a qual se compõe de direitos e deveres. Cada um constrói a sua própria identidade durante o processo de desenvolvimento à medida que matura o seu sentido crítico. Nós somos os construtores da nossa própria identidade, mas isto está também intrinsecamente ligado às pessoas que nos rodeiam e às oportunidades que temos.” (Chambel, Elza “Inovação na Organização do Trabalho Voluntário em Portugal”)

Assim, “a Juventude Cruz Vermelha caracteriza-se por trabalhar os elevados Princípios Fundamentais da Instituição com jovens e crianças, bem como os valores da cooperação e da solidariedade” sendo “Um campo onde cada um dos jovens que o integra constitui um pilar fundamental para o seu funcionamento e é aberta à colaboração de todas as pessoas cujas ideias e interesses possam ser importantes para o nosso trabalho” (Cruz vermelha Portuguesa, 2009)


Acreditamos então no voluntariado como meio de integração do adolescente na sociedade, acreditamos no voluntariado como meio para um desenvolvimento cognitivo, intelectual, psicológico e social extremamente importante no adolescente. Acreditamos ainda que as actividades de voluntariado são agentes de mudança na vida do adolescente e pedagogicamente correctas para o seu desenvolvimento.


E começa uma aventura! =)


Este blogue nasce com a necessidade de darmos a conhecer a Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa, VRSA, as suas actividades, a promoção do voluntariado e a divulgação das actividades do grupo de Estágio.

Somos alunas de Educação Social, UALG, em Práticas na CVP-VRSA, temos como objectivo primordial a divulgação das actividades da instituição e a angariação de novos voluntários!

"O sonho comanda a vida"... e nós estamos a viver o nosso!


Se queres "Ser Um de Nós"... contacta-nos ou dirige-te á delegação da Cruz Vermelha - VRSA, junto aos campos de ténis!